REI MORTO, REI POSTO (Ricardo Moreira)

Bem das pernas, 
ele era o cabeça 
de um tentáculo forte 
da organização. 

Com um escritório fincado ali, 
no coração da cidade, 
a menina dos olhos, 
sonho de qualquer patrão... 

Arriscava até o próprio pescoço, 
para salvar a pele,  
de gente desprovida 
de qualquer visão. 

Roeu o osso 
e, hoje, no fundo do poço, 
nem seu braço direito 
lhe mostra gratidão.

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