BENFAZEJO (Ricardo Moreira)
Houve quem achasse um tanto estranho
o agir daquele cidadão
a poucos metros da esquina...
Ovelha que destoa do rebanho
ou flor que nasce junto a escombros
de uma ética em ruínas.
Abria mão de quase todo ganho
e, benfazejo, construía em caridade sua rotina,
sem olhar pra origem ou tamanho e sem julgar,
a poucos metros da esquina...
Ovelha que destoa do rebanho
ou flor que nasce junto a escombros
de uma ética em ruínas.
Abria mão de quase todo ganho
e, benfazejo, construía em caridade sua rotina,
sem olhar pra origem ou tamanho e sem julgar,
como é de praxe no horror que se dissemina.
O amanhã não importa, tampouco o antanho...
Espalha a paz, conserta o hoje,
as ruas são sua oficina.
Dá pão ao faminto; dá ao sujo o banho
e, aos enfermos, ele proporciona a vacina.
O amanhã não importa, tampouco o antanho...
Espalha a paz, conserta o hoje,
as ruas são sua oficina.
Dá pão ao faminto; dá ao sujo o banho
e, aos enfermos, ele proporciona a vacina.
Comentários
Postar um comentário